Um dos principais objetivos é compreender melhor as causas de doenças quando estas são genéticas. Um diagnóstico correto, precoce, aprofundado e definitivo é acompanhado de uma série de vantagens, entre elas trazer à tona a informação precisa sobre o curso natural da doença, quais condutas médicas podem ser adotadas, e propiciar alívio para os impactos emocionais que a notícia de uma doença genética na família pode trazer.

A proposta é usar os conhecimentos de genética e de psicologia para ajudar o paciente e seus familiares a compreender e lidar com os fatos médicos, incluindo curso provável da doença e conduta disponível, avaliar se há hereditariedade e qual o modo pelo qual ela ocorre naquele caso específico, compreender as alternativas para lidar com o risco de surgimento de outros casos na família, ajudar as pessoas através de informações precisas e imparciais e escolher a opção mais apropriada para ter outros filhos, sempre respeitando princípios éticos, o direito à autonomia do paciente, e a pluralidade dos princípios morais, religiosos, filosóficos, assim como os aspectos culturais e socioeconômicos de cada pessoa. Só é feito de forma voluntária, nunca de modo coercitivo ou direcionado.

Quando a doença genética já está presente e corretamente diagnosticada, o aconselhamento genético, através do apoio médico, social e psicológico, pode ajudar pacientes e seus familiares a se adaptar da melhor maneira possível à vida de um membro da família que terá necessidades especiais crônicas decorrentes de uma doença de causa genética. Com frequência a ocorrência de doença genética em uma família desencadeia um processo de luto ou de sofrimento. A etapa principal do aconselhamento genético é quando se tenta estabelecer o diagnóstico. Um diagnóstico correto propicia prognóstico e tratamento corretos, e traz à tona um mundo de informações úteis, entre elas as que se referem aos riscos de repetição desses problemas nessas famílias.

Um diagnóstico precoce e preciso permite que as outras etapas subsequentes do aconselhamento genético sejam feitas de modo adequado. Sendo assim, não há dúvida de que o médico especializado em genética é o profissional mais bem preparado para centralizar e coordenar as atividades de aconselhamento genético, pois ninguém é mais treinado no diagnóstico de doenças raras do que o médico geneticista

Quando você deve procurar
aconselhamento genético?

SE SEU FILHO TIVER:

  • Aparência física (em especial facial) muito diferente da que é considerada normal
  • Uma doença grave que pode se manifestar já nos primeiros dias de vida, necessitando de internamento; hospitalar, para a qual os médicos estão enfrentando grande dificuldade para diagnosticar; em especial quando a criança for molinha, tiver convulsões ou açúcar baixo no sangue;
  • Necessidades especiais de causa desconhecida, incluindo deficiência intelectual, motora, da fala, auditiva ou visual;
  • Dificuldade escolar quando causas comuns já foram excluídas;
  • Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor de causa não esclarecida;
  • Transtorno do Espectro Autista;
  • Malformações como, por exemplo, problemas cardíacos, fissuras lábio-palatais, defeito de tubo neural, alterações ósseas e nos genitais; ou pelo menos três sinais menos importantes, como riscos diferentes na mão, orelhas baixas;
  • Síndrome já diagnosticada por um médico ou uma doença de possível causa genética;
  • Dificuldade importante de ganho de peso ou de crescer ou crescimento e obesidade excessivos;
  • Problemas no desenvolvimento das características sexuais, seja por atraso ou precocidade;
  • Desenvolvimento neurológico lento ou regredindo;
  • Pouca força muscular;
  • Sido exposto durante a gestação a substâncias que podem causar problemas como drogas ilícitas, álcool, fumo, medicamentos, irradiação;
  • Realizado o “teste do pezinho” e os resultados foram alterados ou duvidosos;
  • Uma doença rara que seja de causa genética;
  • Uma doença ainda sem diagnóstico.

Se você tiver:

  • Está preocupado com o risco de desenvolver uma determinada condição genética, devido ao seu histórico de saúde e doença, ou se houver suspeita ou certeza de doenças hereditárias na sua família;
  • Foi exposto a substâncias que podem alterar de alguma forma parte de seu material genético (ex: se precisou fazer radioterapia);
  • Pertence a certos grupos populacionais nos quais é conhecido um risco maior de desenvolvimento de certas doenças genéticas, como por exemplo, os descendentes de povos mediterrâneos, os judeus asquenazes, os afrodescendentes;
  • Precisa realizar ou já realizou exames laboratoriais que analisam seu material genético;
  • Tem na família mais de um caso de câncer entre seus parentes próximos ou cujo aparecimento tenha ocorrido em idade mais precoce que a habitual para aquele tipo de câncer.

Se a gravidez já está em curso:

  • Houve exposição materna a substâncias como, por exemplo, certos medicamentos (Cytotec, anticonvulsivantes etc.); drogas (incluindo álcool e fumo) ou altas doses de radiação;
  • É detectado algo diferente nas ecografias do pré-natal ou alteração em exames bioquímicos de rastreamento de anomalias fetais;
  • É detectada uma ou mais malformações fetais no ultrassom obstétrico.

QUANDO ESTIVER PLANEJANDO UMA GRAVIDEZ:

  • Você é parente do seu parceiro(a);
  • Você tem idade avançada (para mulheres acima de 35 anos de idade e para homens acima de 60);
  • A mulher fez ou está fazendo uso de certos medicamentos (ex: ácido retinóico oral, Cytotec, talidomida, certos anticonvulsivantes, anticoagulantes etc.) e/ou drogas (incluindo álcool, fumo) e deseja orientação quanto à administração/interrupção de medicamentos antes ou durante a gestação;
  • Você ou seu parceiro(a) se expuseram a altas doses de irradiação;
  • Você ou seu parceiro(a) pertencem a grupos populacionais de risco, como por exemplo, os descendentes de povos mediterrâneos e os judeus asquenazes;
  • A mulher tem uma condição médica conhecida ou suspeita que possa afetar o desenvolvimento fetal, como diabetes;
  • Você ou seu parceiro(a) possuem uma doença genética hereditária ou tiveram ou têm um filho ou história de outros familiares com doença genética ou com alguma malformação congênita ou deficiências;
  • Você e/ou seu parceiro(a) têm dificuldade para engravidar;
  • O casal tem histórico de abortamentos repetidos;
  • Você ou seu parceiro(a) tiveram um feto com doença genética (confirmada ou suspeita) em gestação anterior;
  • Você ou seu parceiro (a) tiveram gestações prévias em que ocorreu óbito no nascimento ou nos primeiros dias de vida, sem que a causa tivesse sido esclarecida.

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