24 de outubro de 2023

Dez dicas de como viver mais e melhor

1) FAÇA SUA ÁRVORE GENEALÓGICA DE SAÚDE E DOENÇA
Aprender sobre o histórico de saúde de sua família pode fornecer muitas informações úteis. Você pode perceber que uma determinada doença é predominante em sua família, e esse padrão pode apontar para os genes como a causa. Esta informação pode ajudá-lo a aprender sobre os riscos a saúde em sua família, como cancer, pressão alta ou obesidade.

2) PLANEJE AS GESTAÇÕES
Todo esforço deveria ser feito pelos casais para planejar as gestações e não “serem surpreendidos” com uma gravidez; por exemplo, evitar engravidar em áreas ou em épocas aonde infecções virais sejam muito prevalentes, tomar comprimidos de ácido fólico pelo menos dois meses antes de engravidar e receber a vacina contra a rubéola, são exemplos de atitudes simples, importantes e efetivas que devem ser feitas preferencialmente antes de engravidar; O ideal é completar a família enquanto ainda se é jovem, idade materna e paterna avançada no momento de ter filhos contribuem para aumentar a chance de o filho ter certas condições genéticas. Os controles pré-natais são a melhor garantia para a saúde da gestação, e a falta deles o maior risco para a mortalidade infantil. Se está tentando engravidar ou se está grávida, evite usar medicamentos, exceto os imprescindíveis prescritos só por seu médico; as bebidas alcoólicas prejudicam a gravidez e podem causar problemas irreversíveis aos fetos, mesmo com a ingestão de doses pequenas de álcool na gestação; se engravidar, não beba! Se está tentando engravidar ou se já está gravida, não fume e evite os ambientes em que se fuma; consulte seu médico se o tipo de teu trabalho habitual pode ser prejudicial para a gravidez.

3) INVESTIGUE ANTES DE ENGRAVIDAR SE VOCÊ E TEU PARCEIRO TEM RISCO ELEVADO DE VIR A TER FILHOS COM DOENÇAS GENÉTICAS HEREDITÁRIAS
Já é possível para os casais fazerem este tipo de investigação através de exames de sangue ou de amostras da saliva. Estes exames testam a compatibilidade genética do casal no que se refere ao risco de filhos virem a ter uma entre milhares de doenças hereditárias. Um resultado normal deste tipo de teste pode dar tranquilidade ao casal ao saber que os riscos foram reduzidos. Se for detectado risco elevado, isto não significa que vocês não podem ter filhos, mas sim que podem decidir entre várias alternativas reprodutivas para que os filhos possam viver mais e melhor. E se nossos filhos vivem bem e bastante, nós também vivemos melhor.

4) JAMAIS DEIXE DE FAZER O “TESTE DO PEZINHO” NOS SEUS FILHOS
Seja aquele que é ofertado gratuitamente pelo SUS ou os mais ampliados, o “teste do pezinho” é uma das mais poderosas ferramentas da genética para viver mais e melhor. Detectam crianças que estão em alto risco de vir a ter doenças tratáveis, antes dos sinais e sintomas aparecerem. Viver mais e melhor não deve ser uma proposta só quando ficamos adultos, mas sim começar nas primeiras semanas de vida. A não realização do Teste do Pezinho pode comprometer toda uma vida que poderia ser saudável e longa.

5) FAÇA SEU ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Entre outros aspectos do Aconselhamento Genético, destaca-se a comunicação de informações a respeito de problemas associados com o acontecimento prévio ou atual, ou com o risco de repetição de uma doença genética na família, através do qual pessoas e seus parentes que tenham ou estejam em risco de vir a ter uma doença genética são informados sobre as características da condição, a probabilidade ou risco de desenvolvê-la ou transmiti-la para os filhos, e o que pode ser feito para minimizar suas consequências ou prevenir a ocorrência ou repetição.

6) SE INFORME SOBRE AS NOVIDADES DA GENÉTICA
Existem mais de 7 mil doenças genéticas raras, e as doenças mais frequentes que afetam o ser humano também tem componente genético. Procure conhecer mais sobre elas, sempre buscando fontes de referência confiáveis. Nos próximos anos grandes avanços em genética vão acontecer, como a possibilidade de investigar rotineiramente todo o seu genoma, o surgimento de inúmeros tratamentos baseados na correção do material genético, a escolha de melhores remédios particularizados para cada pessoa, a possibilidade de detectar risco de ter câncer antes dele se manifestar. Se teve uma lição que aprendemos a um preço muito caro durante a epidemia de COVID foi o valor da informação correta e que a melhor prevenção é a informação verdadeira e cientifica. Manter-se atualizado sobre as novidades de genética pode fazer com que você viva mais e melhor.

7) INVESTIGUE SE VOCÊ TEM RISCO ELEVADO DE VIR A TER DOENÇAS GENÉTICAS PARA AS QUAIS JÁ EXISTE TRATAMENTO
Não só pelas informações da sua árvore genealógica, mas tambem através de testes genéticos, é possível avaliar predisposição para doenças para as quais já existem tratamentos, e isto pode fazer você viver mais e melhor. Certos tipos de cancer tem formas hereditárias e o risco pode ser identificado mesmo sem o cancer ter se manifestado. Predisposição a colesterol elevado, arritmias cardíacas e outras condições tambem podem ser rastreadas por estes testes. Condutas médicas já conhecidas e com evidência científica robusta podem ser indicadas para minimizar os riscos detectados pelos exames. Como estes testes envolvem questões complexas, devem ser feitos sempre acompanhados de Aconselhamento Genético

8) ACOMPANHE O RÁPIDO AVANÇO DOS CONHECIMENTOS SOBRE GENÉTICA DA LONGEVIDADE
Há muito se tem a noção que parcela da nossa longevidade se deve aos nossos genes. Porém só agora começa a se tornar real a possibilidade de determinar com um simples exame de sangue ou saliva a sua “idade biológica” em diversos momentos da vida e tentar modificá-la com hábitos de vida saudáveis. A genética da longevidade começa a ter mais solidez científica e deverá ser um grande aliado para viver mais e melhor.

9) CONVERSE COM O TEU MÉDICO SOBRE A TUA GENÉTICA
Conte aos teus médicos o teu histórico familiar, pergunte a eles como a genética pode te ajudar a viver mais e melhor. Insista na investigação das causas dos teus problemas de saúde de teus familiares. Ajude e estimule os teus médicos a conhecer, anotar nos prontuários e valorizar o componente genético dos teus problemas de saúde. Faça do teu médico melhor aliado para usar as ferramentas de genética para viver mais e melhor.

10) AJUDE A TUA EPIGENÉTICA A AJUDAR TEUS GENES!
Hoje sabemos que o meio ambiente e as predisposições genéticas andam lado a lado. O DNA de uma pessoa pouco muda durante a vida, mas as experiências e o ambiente podem influenciar a atuação de nossos genes. Alterar a produção das proteínas sem precisar alterar a estrutura dos genes é o princípio básico da epigenética, conceito conhecido há mais de 80 anos, mas que ganhou força só recentemente, com o avanço do conhecimento do Epigenoma humano, a coleção de todas as marcas epigenéticas em uma única célula. Hoje é possível, através de exames nas células da saliva ou sangue, analisar as alterações de marcas epigenéticas e estimar idade biológica.
Historicamente o envelhecimento foi relacionado com o acúmulo progressivo de mutações no DNA, mas uma teoria alternativa propõe que é o reparo natural destas mutações que causa envelhecimento, ao interferir nas instruções epigenéticas. Envelhecimento não seria apenas um problema do hardware (Genoma), mas sim do software (Epigenoma), e talvez seja possível reprogramar estas marcas epigenéticas como reiniciamos nosso computador. Se estiver em grupo de risco genético, use isto como estímulo para adotar hábitos de vida saudáveis que equilibrem tendências genética. Bons habitos de saúde podem inibir ou estimular o funcionamento de certos genes. Ajude teu Epigenoma a te ajudar!

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